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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mais detalhes do combate simulado entre raptor e rafale


A Armee de l’Air (Força Aérea da França) vazou para a revista semanal da França Air & Cosmos, fornecendo um pouco mais de dicas do que aconteceu entre os caças F-22 Raptor, da USAF, e os Rafale da França, no exercício militar conjunto Iron Falcon, em Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, no ano passado.
De acordo com fontes da Air & Cosmos, a USAF solicitou apenas duas surtidas de treinamento entre os caças F-22 e o os Rafale, com três engajamentos em cada surtida, num combate de apenas uma aeronave contra outra, dentro do alcance visual. [Em outras palavras, a USAF diz: "Se vocês não ligarem seus sistemas Spectra, nós não ligaremos nossos ALR-94."]
Nos seis engajamentos, o F-22 ganhou um deles, mas os outros cinco combates aéreos aproximados (dogfights) terminaram com empate, disse a Air & Cosmos. Outras fontes disseram a revista que o F-22 marcou duas vitórias, com os outros quatro combates empatados.
A versão divulgada pelo blog francês Secret Défense é de que o Rafale teria brilhado nos exercícios do ATLC (Air Tactical Leadership Course), realizado nos Emirados Árabes Unidos.
Os exercícios, realizados entre 15 de novembro e 9 de dezembro, colocaram lado-a-lado F-16 C/D Block 60 e Mirage 2000-9 (UAE), F-16 MLU (Jordânia), F-7 ( versão modernizada no MiG-21 (Paquistão), Typhoon (Reino Unido) e F-16 CJ e F-22 (EUA), com AWACS e aviões-tanque.
Segundo o blog francês, nos combates aéreos simulados com o F-22, os caças Rafales teriam perdido somente uma vez para o caça F-22, mas não fala que o Rafale venceu as outras cinco surtidas.
Ou seja, se essa versão mais completa da Air & Cosmos for a verdadeira, o caça Rafale realmente não conseguiu acertar em nenhuma vez o caça F-22, mas conseguiu demonstrar um bom desempenho frente a um caça de quinta-geração.

Tropas continuam avanço no sul do Afeganistão

As tropas afegãs e internacionais continuam seu avanço na ofensiva contra a insurgência lançada há mais de uma semana na província afegã meridional de Helmand, onde os talibãs estão oferecendo “determinada” resistência, informou hoje o comando da Otan.“Temos relatórios de ataques com artefatos improvisados tanto em Nad Ali como em Marjah, da descoberta de armas e de alguns confrontos com armas de baixo calibre”, disse a Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf), sob comando da Otan.
De acordo com o boletim diário sobre a operação “Moshtarak” (juntos, em dari), que relata o transcurso dos combates do dia anterior, a ofensiva “continua em frente já que a força conjunta continua fazendo progressos”.
O comando militar informou que as operações de limpeza de insurgentes, que estão melhorando a capacidade de movimento dos soldados, evoluem de forma positiva, embora tenha antecipado que ainda demoram 30 dias para completá-las.

64 anos da tomada de Monte Castelo

Em novembro de 1944, a 1ª Divisão Expedicionária do Exército Brasileiro (DIE) desviou-se da frente de batalha do Rio Serchio, onde vinha combatendo há pelo menos dois meses, para a frente do Rio Reno, na Cordilheira Apenina. O General Mascarenhas de Moraes, havia montado seu QG avançado na localidade de Porreta-Terme, cuja área era cercada por montanhas sob controle dos alemães, este perímetro tinha um raio aproximado de 15 quilômetros. As posições alemãs eram consideradas privilegiadas e submetiam os brasileiros a uma vigilância constante, dificultando qualquer movimentação. Estimativas davam que o inverno prometia ser rigoroso, além do frio intenso, as chuvas transformaram as estradas, já esburacas pelos bombardeiros aliados, em verdadeiros mares de lama.O General Mark Clark, comandante das Forças Aliadas na Itália, pretendia direcionar sua marcha com o 4º Corpo de Exército rumo a Bolonha, antes que as primeiras nevascas começassem a cair. Entretanto, a posição de Monte Castelo se mostrava extremamente importante do ponto de vista estratégico, além de dominado pelo alemães dava pleno controle sobre a região.Caberia, então, aos brasileiros a responsabilidade de conquistar o setor mais combativo de toda a frente Apenina. Porém haviam um problema: a 1ª DIE era uma tropa ainda sem experiência suficiente para encarar um combate daquela magnitude. Mas como o objetivo de Clark era conquistar Bolonha antes do Natal, o jeito seria o de aprender na prática, ou seja, em combate.Assim sendo, em 24 de novembro, o Esquadrão de Reconhecimento e o 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria da 1ª DIE juntaram-se à Força-Tarefa 45 dos Estados Unidos para a primeira investida ao Monte Castelo.No segundo dia de ataques, tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar o cume de Monte Castelo, depois de conquistarem o vizinho Monte Belvedere.Entretanto, em uma contra-ofensiva poderosa, os homens da 232ª Divisão de Infantaria germânica, responsável pela defesa de Castelo e do Monte Della Torracia, recuperaram as posições perdidas, obrigando os soldados brasileiros e americanos a abandonar as posições já conquistadas - com exceção do Monte Belvedere.Em 29 de novembro, planejou-se o 2º ataque ao monte. Nesta contra-ofensiva a formação de ataque seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três batalhões - contando apenas com o suporte de três pelotões de tanques americanos. Todavia, um fato imprevisto ocorrido na véspera da investida comprometeria os planos: na noite do dia 28, os alemães haviam efetuado em contra-ataque contra o Monte Belvedere, tomando a posição dos americanos e deixando descoberto o flanco esquerdo do aliados.Inicialmente a DIE pensou em adiar o ataque, porém as tropas já haviam ocupados suas posições e deste modo a estratégia foi mantida. Às 7 horas uma nova tentativa foi efetuada.As condições do tempo, mostravam-se extremamente severas: chuva e céu encoberto impediam o apoio da força aérea e a lama praticamente inviabilizava a participação de tanques. O grupamento do General Zenóbio da Costa no início conseguiu um bom avanço, mas o contra-ataque alemão foi violento. Os soldados alemães dos 1.043º, 1.044º e 1.045º Regimentos de Infantaria barraram os avanços dos soldados. No fim da tarde, os dois batalhões brasileiros voltaram à estaca zero.Em 5 de dezembro, o general Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo: "Caberia à DIE capturar e manter o cume do Monte Della Torracia - Monte Belvedere."[2] Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castelo ainda era o objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, a qual havia sido adiada por uma semana.Mas em 12 de dezembro de 1944, a operação foi efetivada, data que seria lembrada pela FEB como uma das mais violentas enfrentadas pela tropas brasileiras no Teatro de Operações na Itália.Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do 1º Regimento de Infantaria fizeram, inicialmente, milagres. Houve inicialmente algumas posições conquistadas, mas o pesado fogo da artilharia alemã, faziam suas baixas. Mais uma vez a tentativa de conquista se mostrou infrutífera, e o pior, causando 150 baixas, sendo que 20 soldados brasileiros haviam sido mortos. A lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que Monte Castelo só seria tomada dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército.Somente em 19 de Fevereiro de 1945, após a melhora do inverno o comando do 5º Exército determinou o início de uma nova afensiva para a conquista do monte. Tal ofensiva utilizaria as tropas aliadas, incluindo a 1ª DIE, ofensiva que levaria as tropas para o Vale do Pó, até a fronteira com a França.Novamente a ofensiva batizada de Encore, ou Bis, utilizaria a formação brasileira para a conquista do Monte e a consequente expulsão dos alemães. Desta vez a tática utilizada, seria a mesma idealizada por Mascarenha de Moraes em 19 de Novembro.Assim, em 20 de Fevereiro as tropas da Força Expedicionária Brasileira apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo a Castelo. À esquerda do grupamento verde-amarelo, avançaria a 10ª Divisão de Montanha dos Estados Unidos, tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o Monte della Torracia e garantir, dessa forma, a proteção do flanco mais vulnerável do setor.O ataque começou às 6 horas da manhã, o Batalhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal ao Monte e o Batalhão Sizeno Sarmento aguardava, nas posições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Conforme descrito no plano Encore, os brasileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castelo às 18 horas, no máximo - uma hora depois do Monte della Torracia ser conquistado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo estava certo de que o Castelo não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regimento conquistaram o cume do Monte Castelo, os americanos ainda não haviam vencido a resistência alemã. Só o fariam noite adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar posição nas trincheiras e casamatas recém-conquistadas. Grande parte do sucesso da ofensiva foi creditada à Artilharia Divisionária, comandada pelo General Cordeiro de Farias, que entre 16h e 17h do dia 22, efetuou um fogo de barrragem perfeito contra o cume do Monte Castelo, permitindo a movimentação das tropas brasileira.

Ataque israelense fere 5 palestinos na faixa de gaza

Disparos de tanques israelenses feriram hoje cinco palestinos que recolhiam pedras no noroeste da Faixa de Gaza, informaram fontes médicas.Os tanques, posicionados junto à barreira de segurança que separa Gaza de Israel, lançaram três projéteis contra o grupo de jovens, que tinha ido catar cascalho perto da cidade de Beit Lahiya, disseram fontes da forças de segurança palestinas.Nos últimos meses, alguns palestinos começaram a ir a zonas abertas, principalmente de colônias israelenses evacuadas em 2005, em busca de pedras para compensar a falta de materiais de construção em Gaza, originada pelo bloqueio israelense.Os 5 feridos hoje foram levados para um hospital no campo de refugiados de Jabalya, onde deram entrada com lesões de gravidade moderada.Por sua vez, o Exército israelense disse abriu fogo depois que, nesta manhã, tropas na fronteira "identificaram um homem se aproximando de modo suspeito da cerca de segurança". Porém, o comando militar israelense disse não ter conhecimento de feridos no incidente, seja em suas fileiras ou entre os palestinos.

França e Espanha promoverão criação de Estado palestino em 18 meses

Os ministros de Assuntos Exteriores da França, Bernard Kouchner, e da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, querem promover o reconhecimento a um hipotético Estado palestino em até 18 meses, mesmo que as fronteiras com Israel não fiquem definidas até lá, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas israelenses.Ambos os representantes pretendem escrever um artigo defendendo a ideia e publicá-lo em vários dos principais jornais europeus, disse um alto funcionário da diplomacia israelense que pediu para não ser identificado.Com a iniciativa, Espanha, à frente da Presidência rotativa da União Europeia (UE), e França dariam seu apoio ao plano apresentado há seis meses pelo primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad. Nele, está previsto o estabelecimento de bases econômicas, legais e de segurança para a declaração unilateral de um Estado palestino em meados de 2011.O processo de paz entre israelenses e palestinos encontra-se estagnado desde a ofensiva israelense contra Gaza há pouco mais de um ano, na qual cerca de 1.400 palestinos morreram.Nas últimas semanas, especulava-se apenas a possibilidade de as partes reiniciarem um diálogo indireto por meio do enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell.Mas a iniciativa europeia, revelada hoje pelo jornal israelense "Ha'aretz", foi apresentada por Kouchner em entrevista publicada ontem no semanário francês "Le Journal du Dimanche".Na entrevista, o ministro se diz a favor da "rápida proclamação de um Estado palestino e de seu reconhecimento imediato pela comunidade internacional, antes inclusive da negociação das fronteiras"."Estou tentado isso (...). Não tenho certeza de que (os países da UE) me acompanharão nem sequer de que isso está certo" de acontecer, afirmou Kouchner, que esta noite janta em Paris com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, esperado amanhã para uma reunião com seu colega francês, Nicolas Sarkozy.O alto funcionário da diplomacia israelense criticou a proposta franco-espanhola ao considerar que "as soluções rápidas ou mágicas não só não resolvem os verdadeiros problemas como dificultam ainda mais difícil sua solução, ao fomentar a intransigência e a rejeição".

sábado, 20 de fevereiro de 2010

OTAN diz que ce defendera em caso de ameaça do Irã

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou neste sábado que os países da Aliança Atlântica se protegerão caso se sintam ameaçados pelo avanço do programa nuclear iraniano.“Se o Irã continuar desenvolvendo sua capacidade nuclear, sobretudo no âmbito dos mísseis, os países da Otan podem se sentir ameaçados”, disse Rasmussen em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera.
“Se chegar o momento, adotaremos todas as decisões necessárias para proteger os países da Aliança”, acrescentou.
Rasmussen se disse, no entanto, confiante de que as autoridades iranianas vão interromper o processo de enriquecimento de urânio.
“Apoiamos todos os esforços para alcançar uma solução política”, destacou o secretário, antes de lembrar que se trata de uma decisão política, na qual a Otan não está envolvida nem desempenha nenhum papel.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirma em um relatório divulgado na quinta-feira que o Irã pode estar fabricando uma bomba atômica.
Teerã desmentiu a suspeita, mas o governo dos Estados Unidos considerou que o documento é um sinal de que é preciso reforçar as sanções contra a República Islâmica.

Brasil apoia Argentina na questão Malvinas

Marco Aurélio Garcia, um dos principais assessores do presidente Lula para a política externa, disse que o Brasil vai apoiar a Argentina no entrave diplomático com a Grã-Bretanha sobre o caso das Ilhas Malvinas, arquipélago que voltou às manchetes 28 anos após a guerra que envolveu os dois países. Em entrevista ao jornal Zero Hora, Garcia afirmou que o País espera orientações dos argentinos para saber que medidas podem ser adotadas. Segundo ele, o Brasil tem de acompanhar as ações diplomáticas de Buenos Aires e ser solidário nas questões bilaterais e multilaterais. Ele citou uma possível reunião em Cancun, no México, para tratar do tema. Disse ainda que a guerra travada entre argentinos e britânicos em 1982 foi uma “tentativa desastrada da ditadura argentina”. O embate recomeçou depois que os britânicos indicaram que podem prospectar petróleo na região, e a Argentina não gostou.

Venezuela e EUA buscão formas de melhorar relações


Uma delegação de representantes do Congresso dos Estados Unidos se reuniu ontem em Caracas com deputados venezuelanos para discutir meios de melhorar a relação bilateral.
“Estamos muito satisfeitos com o encontro”, comentou a porta-voz dos norte-americanos, Sarah Stephens, em declarações à agência ABN.Segunda ela, que é diretora-executiva da organização não-governamental (ONG) Center for Democracy in The Americas, durante a reunião “foi abordada a necessidade de se aprofundar a cooperação e melhorar as relações entre Caracas e Washington”.
Stephens explicou que os detalhes do encontro serão levados ao Congresso dos EUA para “desmistificar a política venezuelana, porque nem tudo é branco e preto”.
Por sua parte, o chefe da Comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional (Congresso venezuelano), Roy Daza, confirmou a busca pelo “estabelecimento de pontes”, mas advertiu que, para isso, o governo do norte-americano Barack Obama deve parar seus ataques midiáticos e renunciar ao uso de bases militares colombianas.
“Não vamos ceder nem um milímetro nos pedidos que fizemos e nas agressões que funcionários dos Estados Unidos fizeram contra nosso povo e nosso presidente [Hugo Chávez, ndr.]“, ratificou Daza.
Caracas e Washington mantêm contínuas disputas em temas políticos, sendo que a mais recente envolve o acordo militar firmado entre Colômbia e Estados Unidos.
O tratado, assinado em 30 de outubro do ano passado, permite o envio de um contingente de até 1.400 norte-americanos para operar em sete bases colombianas e é visto pela Venezuela como uma “ameaça” para a paz e para a soberania da América do Sul.
Daza também descartou a possibilidade de que as empresas petroleiras Chevron, dos Estados Unidos, e Citgo, da Venezuela, possam servir como um elemento de aproximação.Para ele, é inadequado que relações comerciais influenciem a política.
Há cerca de dez dias, ao anunciar as empresas que receberão licitação para explorar petróleo na Faixa de Orinoco, entre elas a Chevron, Chávez pediu para os EUA reverem sua política externa.
O presidente do país latino-americano disse esperar que “Obama retifique a tempo sua política”, a qual vem sendo marcada por “atropelos em relação à Venezuela”.

Russia pretende receber compensação por apoiarEUA contra Irã



Pelo o que parece, a Rússia está dando a entender que pode apoiar sanções mais duras contra o Irã. Excelente. Mas os russos não estariam exibindo uma suspeita reflexiva ao perguntar qual é o acordo, qual a vantagem e que compensação os Estados Unidos e/ou os seus amigos estariam dispostos conceder em troca? É possível depreender que a Rússia, que jamais gostou da ideia de ter uma possível potência nuclear islâmica no seu flanco sul, tenha esperado o momento certo no qual a sua posição de maior fornecedor de armas e de recursos para o programa nuclear civil do Irã poderia ser utilizada para a obtenção da maior vantagem possível.
Na semana passada, Nikolai Patrushev, o secretário, geralmente de linha muito dura, da Rússia no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), indicou que os seus patrões acreditam que esta fase propícia tem início agora.
Ele apresentou uma aceitação do óbvio – algo que durante anos foi escondido por Moscou –, afirmando, de fato, que os mulás iranianos querem fazer a bomba. E ele acrescentou a essa revelação um sub-texto não inteiramente articulado segundo o qual talvez, e talvez apenas, a Rússia possa encontrar uma maneira de desacelerar o projeto iraniano.
O que se vê não é uma Rússia manifestando de cooperação, e tampouco convertendo-se em simpatizante do Ocidente.
Tal conversão não está ocorrendo. A publicação em Moscou, na semana anterior, de uma nova doutrina militar para a década, na qual a possibilidade de expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para países do leste é tida como uma ameaça existencial à Rússia, certificou o contrário.
Mas embora documentos iniciais que mencionam possíveis sanções contra o Irã circulem pelo Conselho de Segurança da ONU – os franceses estariam recomendando ações no sentido de suspender as importações iranianas de gasolina, algo que os norte-americanos estão evitando –, os russos parecem acreditar que este é o momento em que o governo Obama encontra-se vulnerável à pressão máxima. E também um momento em que a prestação de auxílio em relação ao problema representado pelo Irã e a redução da perspectiva de surgimento de uma teocracia fundamentalista dotada de armas nucleares são ações que podem fazer com que a Rússia seja recompensada.
Segundo este raciocínio, o presidente Barack Obama estaria vulnerável por dois motivos: 1) Devido à sua tentativa até agora ineficaz de enfrentar o Irã. 2) Como resultado de conversações ainda inconclusivas sobre armas estratégicas nucleares com a Rússia, algo que o presidente deseja bastante como um símbolo de triunfo, mas cujo fracasso ou dificuldades em um debate sobre ratificação no Senado poderia ameaçar o seu apoio doméstico e o seu prestígio internacional.
Não há dúvidas de que os russos beneficiam-se desses problemas enfrentados pelo governo Obama.
Francamente, que bom estrategista não buscaria obter uma perspectiva de potenciais recompensas quando “um parceiro e amigo” como os Estados Unidos estivesse tentando ao mesmo tempo aparentar dureza em relação ao Afeganistão, ao terrorismo e à China e defender a proposta de um mundo sem armas nucleares? Ou diante de um líder que aparentasse exibir pouca clareza – no que se refere ao senso de urgência dos seus aliados – em relação a qual deveria ser o novo nível de pressão sobre o Irã e com que rapidez tal pressão deveria ser aplicada.
Eu conversei com um especialista em segurança internacional e armas nucleares que passou grande parte de uma semana recente conversando com congêneres russos. Ele disse que não houve nenhuma conversação que tivesse começado sem que os russos dissessem algo como, “O importante nos dias de hoje é que a Otan deixe claro que não está acrescentando novos membros” na vizinhança da Rússia.
Será que é isso que Rússia deseja como recompensa para tomar medidas em relação ao Irã? Ou tal recompensa poderia ser um novo acordo no âmbito do Tratado de Limitação de Armas Estratégicas cujos termos vinculassem explicitamente as armas nucleares estratégicas e as defesas contra elas, algo que a Rússia parece querer vincular aos planos para a instalação de um escudo antimísseis norte-americano na Europa contra armas nucleares iranianas, com a resistência dos Estados Unidos?
A secretária de Estado Hillary Rodham Clinton reiterou neste mês que a Otan precisa manter-se aberta à entrada de todos os candidatos qualificados. Quanto às cláusulas em letra miúda do sucessor do tratado Start, a “Associated Press”, questionando em um artigo de Moscou se a linguagem dos norte-americanos estaria mais suave para com a Rússia, afirmou que isto poderia agradar aos russos, mas observou: “Qualquer restrição a defesas anti-mísseis fariam com que fosse difícil para a Casa Branca obter o apoio do Senado dos Estados Unidos ao tratado”.
Então, existe um preço razoável a ser pago pelo auxílio russo?
Os especialistas com quem eu falei não mencionaram isso, mas disseram acreditar que a assistência russa estender-se-ia ao apoio a sanções à exportação de produtos refinados de petróleo para o Irã. Como o Irã depende de importações para obter 40% da gasolina para os seus carros e caminhões, este é sem dúvida o meio mais direto e efetivo de convencer o regime de Teerã de que este precisa negociar um fim do seu desejo de obter armas nucleares.
Mas uma parte igualmente importante da questão é determinar o quanto a Rússia espera receber em troca do apoio às sanções – algo que certamente não inclui as suas armas.

India e China rivais e parceiros


No último outono, uma rara pesquisa de opinião foi conduzida na China. A pergunta era simples: para você, qual é a maior ameaça que a China enfrenta? As respostas foram interessantes, mas ainda mais interessante foi a forma como a pesquisa foi divulgada na Índia. A maior parte dos jornais indianos disse que 40% dos chineses entrevistados acreditam que a Índia é a maior ameaça de segurança depois dos EUA. Enquanto isso, os jornais de negócios indianos enfatizaram que 60% dos chineses não viam a Índia como ameaça. O “Indian Business Standard” explicou que enquanto a Índia foi vista na China como a segunda maior ameaça, 6 em cada dez chineses nem mencionaram a Índia -um reflexo das preocupações maiores de um povo mais rico.
As contradições não surpreenderam -a Índia é um caleidoscópio de realidades diferentes. Contudo, enquanto a China e a Índia estão se preparando para a celebração de 60 anos de laços diplomáticos, a mesma esquizofrenia passou a caracterizar suas relações bilaterais.
Onde reside o cerne do relacionamento entre o dragão e o elefante?
Reside em sua disputa cada vez mais pública pelo território na fronteira do Himalaia, onde as autoridades indianas acusaram a china de 270 violações de linha de controle e 2.285 eventos de agressividade na patrulha de fronteira no ano passado?
Ou está nas relações econômicas prósperas que viram a China tornar-se a maior parceira da Índia, com o comércio bilateral saltando de US$ 15 bilhões para US$ 40 bilhões nos últimos cinco anos -e que deve crescer para US$ 60 bilhões em 2010?
Está no franco apoio pela China ao arquirrival indiano, o Paquistão? Na estratégia de Pequim de construir estradas e portos em países no Oceano Índico, como “um colar de pérolas”, formulada para sufocar a Índia? Em seus esforços de impedir um empréstimo de US$ 2,9 bilhões do Banco de Desenvolvimento Asiático para a Índia?
Ou está ancorado na frente notavelmente unida que a Índia e a China apresentaram em Copenhague para assegurar que os países desenvolvidos não extraíssem concessões unilaterais em mudança climática?
Neste instante, a resposta parece estar em ambos. “Os indianos em geral concordam que precisamos ter relações diplomáticas e econômicas excelentes com a China, mas também precisamos estar alertas. Achamos que nossa política externa deve ter o apoio da força -um pulso de aço em uma luva de veludo”, disse o ex-chefe do Comando Naval do Leste, almirante A.K. Singh.
Não se sabe se o futuro deste relacionamento será de veludo ou de aço, mas três verdades estão emergindo.
Primeira: a China parece comprometida com uma visão de um mundo multipolar, mas de uma Ásia unipolar. Também não foi por acaso que a postura da China em relação à Índia endureceu em 2006. Dias após os EUA e a Índia revelarem uma estrutura de defesa e um acordo nuclear, o embaixador da China em Nova Déli começou a referir-se ao Estado indiano de Arunachal Pradesh como “Tibete do Sul”, uma provocação que não se ouvia desde que as duas nações travaram uma guerra de 32 dias pelo território em 1962.
“A China sempre achou que a Índia não tinha força de vontade para resistir a uma lança afiada. Contudo, uma aliança militar entre EUA e Índia sempre foi um pesadelo para a China, porque ela teme que a Índia se torne um novo Japão para os EUA”, diz Brahma Chellaney, um dos principais estrategistas da Índia. As manobras regionais da China parecem ter a intenção de distrair a Índia e mantê-la enquadrada, permitindo que a China surja como a voz da Ásia.
Segunda: a Índia parece determinada a não ser manipulada pela China. Desde 2006, a Índia reforçou sua segurança de fronteira, reiterou posição territorial e deportou milhares de trabalhadores chineses sem qualificação. O governo também aprofundou o apoio ao Dalai Lama, recebendo-o em um mosteiro histórico budista em Tawang no último outono, apesar dos protestos de Pequim. Em vez de enfraquecer a determinação indiana, é possível que a intransigência chinesa a esteja reforçando.
Terceira: é do interesse americano manter boas relações com as duas nações. Após as viagens do presidente Obama à China e a visita do primeiro-ministro indiano a Washington, a piada em Nova Déli era que a “China conseguiu um acordo; o Paquistão recebeu dinheiro; e a Índia, um jantar agradável”. Como me disse um diplomata indiano proeminente, com a China agindo como financiadora dos EUA, “é improvável, no futuro próximo, que os EUA funcionem como contrapeso para a China, e a Índia terá que cuidar de seus interesses da melhor forma que conseguir. Contudo, há também uma sensação que os EUA vão se recuperar e sua passividade em relação à China será temporária.”
“A verdade é que tanto a Índia quanto a China têm papéis importantes a desempenhar na arquitetura global emergente”, disse uma autoridade do Departamento de Estado norte-americano.
“Estamos preocupados com a fronteira, porém é provável que na próxima década os EUA se encontrem envolvidos em uma questão diferente no Himalaia: a total falta de água nas duas nações, e o papel que as águas tibetanas podem ter.”
O que nos traz de volta à pesquisa de opinião: quando perguntados o que mais os ameaçava, os chineses citaram as ameaças tradicionais, como mudança climática, falta de água e de comida. A China e a Índia podem ainda terminar no mesmo barco.

União Europeia dis que Brasil tem papel chave na crise nuclear com o Irã

A alta representante para as Relações Exteriores e a Política de Segurança da UE, Catherine Ashton, disse nesta segunda-feira (15/05) que a União Europeia (UE) conta com o Brasil para resolver o impasse nuclear com o Irã.
"O Irã tem o direito de usar o poder nuclear para fins pacíficos, mas pela perspectiva da UE, isso não está acontecendo. Então temos que mostrar nossa determinação em assegurar que as regras serão respeitadas. Vamos continuar conversando com o Irã e reconhecemos que o Brasil, como uma potência global, tem um papel-chave na questão", disse a comissária.
Ashton e o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Miguel Moratinos, se reuniram em Madri com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, para tratar de assuntos bilaterais. A Espanha ocupa a presidência rotativa semestral da UE e recebeu, pela primeira vez, a nova comissária.
O governo brasileiro parece determinado a cumprir bem a missão de interlocutor no impasse com o país do Oriente Médio. Segundo Amorim, o presidente Lula deverá visitar o Irã em maio.
"A nossa posição sobre o Irã não é diferente nos objetivos, acreditamos na importância do diálogo. O Brasil continua disposto a favorecer o diálogo para garantir, ao Irã, o direito de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos e, à comunidade internacional, a certeza de que esse programa não será desviado para fins militares", pontuou Amorim.
Amorim não deixou escapar a oportunidade de ressaltar a importância do Brasil nesse cenário: ele lembrou o papel do país no Haiti, no comando das forças de paz das Nações Unidas, e a ajuda humanitária oferecida pelo governo federal.
O interesse da União Europeia em estreitar relações com o Brasil parece ponto comum entre os países do bloco. Ao menos era esse o tom de Ashton e Moratinos nesta segunda-feira em Madrid.
Entre Amorim e Ashton, o clima era bom – a comissária representou a UE na Rodada Doha, uma das principais bandeiras do ministro brasileiro. Mas o tema ainda é tratado com muito cuidado pelas duas parte. "Os países do Mercosul também são grandes mandantes na agricultura, que é um tema delicado na União Europeia", lembrou Amorim.
Trata-se de um terreno tão delicado que ainda rende troca de acusações nos bastidores do mundo dos negócios. Por iniciativa do Itamaraty, há poucos dias o Brasil denunciou a União Europeia por exportar açúcar subsidiado de forma ilegal e adverte que não exclui a abertura de uma queixa nos tribunais da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Há três anos, a União Europeia foi derrotada nos tribunais da OMC depois que o Brasil abriu uma queixa sobre os subsídios dados aos produtores de açúcar – desde então, a Europa ficou proibida de exportar açúcar subsidiado acima de 1,27 milhão de toneladas.
Embora o fato recente, Ashton deu mostras que a UE está disposta a avançar nas negociações agrícolas com o Mercosul. "Temos a esperança de que é possível avançar. Se chegaremos a um acordo final, não se sabe, mas um acordo que seja firmado, mais do que uma declaração política", acrescenta Amorim.
Ainda sobre as barreiras dos países ricos aos produtos agrários do Mercosul, Amorim lembrou um caso de sucesso brasileiro. Depois de sete anos de processo, a OMC autorizou o Brasil a aplicar sanções comerciais aos Estados Unidos por este não ter eliminado seus subsídios ao algodão.
Segundo Amorim, o Brasil está prosseguindo com as medidas de retaliação aos Estados Unidos, mas ainda prefere a negociação. "Quem sabe o caso do algodão mostre a outros setores dos Estados Unidos como seria vantajoso concluir a Rodada Doha", alertou Amorim.
Em maio haverá um encontro oficial entre países da União Europeia e da América Latina para tratar de economia e outros assuntos bilaterais. Já as negociações da Rodada Doha, dada oficialmente como fracassada em 2008, continuam sendo uma ambição da OMC.

FX-2 a decisao deve sair em 20 dias

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou ontem de almoço com empresários e analistas políticos no Council of the Americas, em Nova York, e foi questionado sobre a preferência do governo brasileiro por comprar caças franceses para as Forças Armadas. Ele voltou a dizer que a transferência de tecnologia é fundamental. Acrescentou que em 20 dias deverá ter uma decisão. E que o presidente Lula receberá um relatório com uma avaliação sobre a compra.- Dei aqui a mesma resposta que darei ao secretário (de Defesa dos EUA) Robert Gates, caso ele me pergunte sobre o assunto: ao Brasil não interessa apenas a compra de aviões, e sim uma ampla transferência de tecnologia – disse, acrescentando: – O Brasil não é apenas um comprador de produtos. Para nós, importa o desenvolvimento nacional, sobretudo o das Forças Armadas, para as novas funções que estão assumindo. Queremos parcerias que redundem em empresas nacionais e na criação de empregos no Brasil.
Jobim segue para Washington segunda-feira, onde se reunirá com Gates, no Pentágono. O ministro não deu detalhes sobre a pauta, mas disse que o encontro foi pedido pelo secretário americano. Segundo Jobim, a preocupação brasileira sobre o uso pelos EUA de bases militares na Colômbia é um “assunto relativamente superado”.
- Na reunião de Quito, os americanos assumiram compromissos com garantias formais e, para nós, esse assunto foi relativamente superado. Acho que para os equatorianos também. Resta apenas a Venezuela aceitar as garantias americanas.

India esta pronta para mandar misseis cruise supersonico para a Marinha do Brasil

A Índia, que desenvolveu o míssil supersônico cruise em parceria com a Rússia, está mantendo diálogos com pelo menos quatro países para a exportação do seu sistema. O Brasil é um deles.
Projetado pela BrahMos Aerospace, o míssil é considerado o mais rápido em serviço, sendo que cada unidade custa aproximadamente US$ 3 milhões. “Nós estamos em processo para conseguir as autorizações necessárias para venda”, disse A. Sivathanu Pillai, executivo chefe da BrahMos Aerospace.
Outro executivo da empresa declarou que a empresa está com “sérias negociações” com países como África do Sul, Brasil e Chile para as versões navais do míssil, enquanto a Indonésia estaria interessada no sistema baseado em terra.
“Nós não teremos competição com os fabricantes norte-americanos ou franceses de mísseis cruise, uma vez que o BrahMos é o mais rápido e mais econômico sistema desta modalidade já construído”, completou Pillai.O alcance do BrahMos é de 280km e velocidade de 3.600km/h.

Questao da permanencia militar no Afeganistao derruba governo da Holanda

O primeiro-ministro da Holanda, o social-democrata Jan Peter Balkenende, anunciou na noite desta sexta-feira (19) a queda de seu governo de coalizão, depois que os partidos integrantes não chegaram a um acordo sobre o prolongamento da missão das tropas holandesas no Afeganistão."Apresentarei à rainha, no mais tardar pela manhã, a demissão dos ministros e secretários de Estado do PvdA" (Partido Trabalhista), disse Balkenende em Haia.Os ministros de três partidos da coalizão de centro-esquerda estavam reunidos desde o final da manhã desta sexta para estudar o pedido, feito pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de que a Holanda permaneça por mais um ano no Afeganistão, até agosto de 2011, com uma missão "pequena", cujo objetivo principal seria treinar as tropas afegãs.Os trabalhistas defendem a retirada das tropas, mas os social-democratas querem a manutenção, por considerar que se trata de uma "obrigação" do país com a Otan.
No país asiático desde 2006, a Holanda mantém soldados na província de Oruzgan (sul). Sua retirada deve começar em agosto e terminar no fim do ano, segundo decisão tomada em 2007 pelo governo e ratificada pelos deputados.Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro holandês afirmou que os partidos da coalizão, também integrada pela União Cristã, perderam a confiança mútua. "Onde não há confiança, as tentativas para um acordo ficam frustradas de antemão", disse Balkenende. O trabalhista Wouter Bos esclareceu que a postura de sua legenda foi baseada em uma decisão de 2007, quando o governo, com o apoio da maioria do Parlamento, resolveu que deixaria o Afeganistão no fim de 2010. Bos destacou que, durante as negociações que a coalizão manteve sobre a questão, as alternativas de seu partido não eram levadas em conta. Por esse motivo, após horas de discussões, os trabalhistas decidiram abandonar o governo.

Islã proibe armas nucleares


O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, respondeu hoje ao relatório que vazou, ontem, da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que reforça suspeitas sobre a produção de armas nucleares no país muçulmano. Segundo Khamenei "as acusações do Ocidente não têm fundamento", pois o Islã proíbe "o uso desse tipo de armamento".
O anúncio foi feito no deque do primeiro destroier de fabricação iraniana capaz de lançar mísseis teleguiados. Khamenei está hierarquicamente acima do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e tem a palavra final sobre assuntos de segurança nacional. "Não acreditamos na bomba atômica e não vamos buscá-la", afirmou.
"Washington e o regime sionista estão tentando provocar divisões para que as nações islâmicas tirem a atenção dos grandes inimigos do mundo muçulmano: Estados Unidos e Israel", afirmou Khamenei.

Brasil compra e setor belico frances lucra




Diferentes publicações francesas noticiaram com destaque, na semana passada, que a venda de armamentos do país subiu 21% em 2009 graças principalmente aos contratos firmados com o Brasil que comprou submarinos e helicópteros. As publicações salientaram também a previsão de um novo recorde de vendas em 2010 com a perspectiva de negociação do caça Rafale com o Brasil e Emirados Árabes Unidos.
Enquanto os gastos militares no mundo sofreram uma retração em 2009 devido à crise financeira global as vendas francesas, principalmente ao governo brasileiro, subiram 21%, totalizando cerca de 7,95 bilhões de euros. Em 2008, as vendas de armamentos franceses atingiram 6,58 bilhões de euros. A meta atual é atingir 10 bilhões de euros em vendas no médio prazo. Os dados são da Direção Geral de Armamentos da França, órgão governamental ligado ao Ministério da Defesa.
Em 2009, os governos do Brasil e França assinaram contratos para a compra e venda de quatro submarinos de ataque "Scorpène" e 51 helicópteros "Eurocopter EC 725 - Super Cougar". Para 2010, o possível contrato para a compra de 36 caças Rafale é mais uma vez a esperança francesa, dado que esse avião ainda não foi exportado. Nos últimos anos, as tentativas de vendas ao exterior fracassaram em todas as ocasiões.
Para facilitar a venda dos seus sistemas de armamentos ao Brasil, a França comprometeu-se a compartilhar toda a tecnologia de ponta incorporada nos equipamentos, além de apoiar abertamente o ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. A França é atualmente o quarto país maior exportador de equipamentos bélicos do mundo, superada apenas pelos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.
Se for confirmada a compra dos caças Rafale o Brasil terá realizado ao todo com a França um dos maiores contratos da área de Defesa da atualidade, destinado ao reaparelhamento de Forças Armadas, envolvendo a compra de 36 aviões, 4 submarinos, 51 helicópteros e tecnologia para construir uma base, um estaleiro e um submarino de propulsão nuclear.

Marinha do Brasil vai as compras


Enquanto a FAB vive a novela da licitação dos 36 caças de combate, a Marinha navega sem amarras no reequipamento de suas frotas. Depois dos submarinos, a força naval abriu concorrência para a compra de cinco navios-patrulha oceânicos. Estão na disputa oito fabricantes: o francês DCNS, o italiano Fincantieri, o britânico BAe, o chileno Asmar, o coreano Daewoo, o espanhol Navantia e os dois alemães, Thyssen e Fassmer. Os navios devem ter velocidade superior a 20 nós, canhão de ­­76 mm e e operar com helicópteros Linx, Pantera ou Esquilo. Os preços variam de US$ 30 milhões a US$ 100 milhões.

Premie britanico dis que armas nao justificam guerra do Iraque

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse ter apoiado a invasão do Iraque em 2003 não por causa da ameaça militar do regime de Saddam Hussein, mas devido à recusa dele em cumprir compromissos internacionais.
As declarações do premiê à revista Tribune prenunciam o conteúdo de seu testemunho a um inquérito público oficial sobre a guerra do Iraque, no começo de março.
Críticos acusam Brown de tentar a todo custo se dissociar da postura adotada por seu antecessor, Tony Blair, que declarou no mês passado a esse inquérito que Saddam era uma ameaça que o mundo precisava derrubar ou desarmar.
Um dado central nesse argumento seria a presença de armas de destruição em massa no Iraque, que no entanto jamais foram encontradas.
“A evidência dada a nós foi de que havia armas, e essa foi a conclusão de várias pessoas, mas para mim a razão para a intervenção foi sempre a violação das obrigações internacionais pelo governo iraquiano”, disse Brown, que na época da invasão era ministro das Finanças.
De acordo com ele, Saddam havia se comprometido a revelar tudo sobre as munições do seu país, o que não ocorreu. “Então a ONU em si e a ação coletiva da comunidade mundial em si foram postas em risco”, afirmou.
Algumas pessoas, inclusive Blair, alegam que a resolução 1.441 do Conselho de Segurança da ONU, que dava ao Iraque uma última oportunidade para cumprir suas obrigações de desarmamento, meses antes do início da guerra, estabelecia um claro mandato para a ação militar dos EUA e seus aliados.

KC-390



“Ao longo de sua história, a Embraer sempre contou com a enorme capacidade da Força Aérea Brasileira para definir requisitos operacionais desafiadores, que levam ao desenvolvimento de produtos de grande eficiência e que se tornam sucessos de exportação”, comenta o Vice-Presidente Executivo para o Mercado de Defesa, Orlando Ferreira Neto, referindo-se não só ao novo programa em desenvolvimento, mas lembrando aeronaves como Bandeirante, Tucano, AMX e Super Tucano, produtos operados pelo Comando da Aeronáutica e que tiveram trajetórias semelhantes.
“O Programa é desafiador e altamente motivante”, diz Paulo Gastão, Diretor do Programa KC-390. Concebido para cobrir desde a operação de reabastecimento em vôo sobre a Amazônia até o apoio logístico à comunidade científica do País na estação Comandante Ferraz, na complexa condição meteorológica da região Antártica, o maior avião já desenvolvido pela Embraer terá carga máxima de 19toneladas e será a primeira aeronave de transporte militar dessa classe de produção nacional.
Do ponto de vista tecnológico, o emprego de sistemas no estado da arte e novos materiais, e um novo patamar de implementação e validação de software embarcado, aumentam significativamente o nível de segurança e a capacidade de operação da aeronave.
O primeiro KC-390 nas cores da FAB deverá ser entregue em 2015. O estabelecimento de parcerias internacionais de longo prazo está em fase avançada de discussão e deverá agregar valor ao Programa, nos aspectos tecnológico, econômico e de mercado. A FAB e a Embraer trabalham juntas na seleção estratégica de países e empresas estrangeiras que possam atender aos requisitos propostos, promovendo a integração dos interesses governamentais e industriais no Programa. Até 2011, todos os fornecedores e parceiros já deverão estar selecionados. Por ora, cerca de 100 pessoas estão envolvidas diretamente no Programa, que deve terminar 2010 com cerca de 400 profissionais altamente qualificados e atingir o pico em 2014, quando deve ocorrer o primeiro vôo do protótipo.
Propriedade intelectual do governo brasileiro, o KC-390 permitirá à Embraer penetrar em um novo segmento de mercado. A aviação de transporte tático mundial possui uma frota que ultrapassa 2.800 aviões somente no segmento entre cinco e 20 toneladas de carga máxima. Estudos de mercado da Empresa apontam para um mercado endereçável de aproximadamente 700 aeronaves, em 80 países, que devem ser substituídas ou modernizadas nos próximos anos.

Homologada a nova turbina russa

A indústria russa Aviadvigatel homologou seu motor PS-90A2, a mais recente versão da turbina usada nos jatos comerciais Tupolev Tu-204/214 e Ilyushin Il-96. Desenvolvida com a ajuda da norte-americana Pratt & Whitney essa versão “A2″ difere por uma nova seção de alta pressão e pás de rotor mono-cristalinas, garantindo custos de manutenção de 35% a 37% inferiores.

Irã anuncia lançamento de destroier de fabricação nacional





O Irã anunciou nesta sexta-feira, 19, que construiu um novo navio destroier capaz de carregar mísseis, segundo informou nesta sexta-feira, 19, a mídia estatal do país, de acordo com o canal CNN. O anúncio ocorre em um momento de tensão entre o Ocidente e a República Islâmica a respeito do desenvolvimento de armas nucleares.
A nova embarcação, chamada Jamaran, tem a capacidade de levar até 120 tripulantes e é armada com mísseis terra-ar, torpedos e canhões navais, segundo a emissora Press TV. O navio significa um grande salto para a tecnologia naval iraniana e é o primeiro do tipo a ser construído no Irã.
O anúncio foi feito um dia depois de a Agência Internacional de Energia Atômica dizer que o Irã poderia estar desenvolvendo secretamente armas nucleares. As potências ocidentais acusam a República Islâmica de manter um programa nuclear para construir armas, mas o governo iraniano nega e diz que o enriquecimento de urânio tem fins pacíficos.

S-300 para o Irã

A Rússia pretende cumprir um contrato para o fornecimento de mísseis de defesa antiaérea S-300 ao Irã, disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov à agência de notícias Interfax.Israel e Estados Unidos pedem repetidamente à Rússia que cancele a venda dos S-300, que são montados sobre caminhões e podem abater mísseis ou aviões a até 150 quilômetros de distância.
"Há um contrato para fornecer esses sistemas ao Irã, e vamos cumpri-lo", disse Ryabkov à Interfax. "Adiamentos são ligados a problemas técnicos com o ajuste desses sistemas."Ele alertou também para que as exportações militares da Rússia ao Irã não sejam politizadas.
"É absolutamente incorreto colocar ênfase na questão dos S-300 (...) e transformar isso em um grande problema, para não falar em vincular isso à discussão sobre restaurar a confiança no caráter puramente pacífico do programa nuclear do Irã."
A possível venda dos S-300, que poderiam proteger instalações nucleares iranianas contra bombardeios aéreos, é uma questão extremamente delicada nas relações da Rússia com Israel.
Em sua visita desta semana a Moscou, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressionou o Kremlin a apoiar sanções mais duras contra a República Islâmica.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cooperação Brasil -Portugal


Equipe levará a Brasília projeto para criação da Agência Espacial Luso-Brasileira (AELB)
Nos descobrimentos espaciais, Brasil e Portugal serão parceiros. Pelo menos isso é o que propõem pesquisadores da Universidade do Minho, que aterrisam nesta sexta-feira (19), no Brasil para apresentar ao governo Lula e também à entidades de pesquisa, uma proposta de intenções.
Antes de seguir para o Planalto Central, os físicos Joaquim Carneiro e Vasco Teixeira, virão à São Carlos a convite do coordenador do Instituto de Estudos Avançados da USP, Sérgio Mascarenhas, também integrante da comitiva que visa desenvolver tecnologias espaciais entre os dois países. Na cidade, os pesquisadores irão visitar e tratar de detalhes do projeto com representantes do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP e da Embrapa.
A chegada a Brasília está prevista para o dia 23 de fevereiro, onde encontrarão o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionaisdo Ministério de Ciência e Tecnologia , José Monserrat Filho e representantes do Ministério da Educação. O objetivo é estabelecer protocolos de colaboração e intercâmbio entre instituições e pesquisadores da Universidade do Minho, USP São Carlos, Embrapa e Ministério da Defesa na área de pesquisa de nanomateriais para energia renovável e revestimentos de componentes aeronáuticos e aeroespaciais.
Na sequência, os pesquisadores portugueses irão para São José dos Campos, onde irão se encontrar com o Coronel Sala Minucci, do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa.

Navios da marinha no resgate de tripulantes do veleiro canadence

fragata liberal
rebocador alte guilobel

fragata constituição

As Fragatas “Constituição” e “Liberal” e o Rebocador de Alto-Mar “Almirante Guillobel” participam das buscas aos tripulantes do Navio-Veleiro “Concórdia”, de bandeira canadense, que naufragou a cerca de 300 milhas (aproximadamente 555 Km) do litoral do Rio de Janeiro, quando realizava a travessia entre Recife e Montevidéu (Uruguai). O navio, pertencente à “West Island College International”, suspendeu do Recife no dia 8 de fevereiro de 2010, e tinha previsão de chegada à Montevidéu, no dia 23 de fevereiro.
Foi determinado pelo Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil ( SALVAMAR BRASIL ) que três navios mercantes que navegavam naquela área marítima se dirigissem ao encontro de uma balsa, localizada por uma aeronave da FAB, que mantém um Hercules C-130 nas buscas.
Já foram localizadas três balsas com os 64 tripulantes, que estão sendo resgatados pelo Navio Mercante “Hokuetsu Delight”. Os Navios Mercantes “Cristal Pionner” e “SE Stao Knutsen” também já chegaram na área. Segundo um dos tripulantes que foi resgatado, durante a travessia, o Navio-Veleiro “Concórdia” enfrentou fortes ventos, vindo a emborcar e naufragar.

Rebocador “Alte Guillobel”

Fragata “Liberal”

Pilotos da FAB relatam ações de busca a sobreviventes de veleiro naufragado a 500 km do RJ
Os comandantes das aeronaves da FAB que buscaram e encontraram botes com 64 sobreviventes do naufrágio do Veleiro Concórdia relataram as dificuldades do trabalho em meio ao Oceano Atlântico.

A primeira aeronave que decolou foi um Bandeirante de Patrulha, do 4º/7º GAV, no início da noite de ontem. O Capitão Jorge Petrola, comandante da aeronave, disse que acendeu as luzes do avião e avistou o sinal luminoso emitido por sobreviventes, o que para a tripulação foi uma grande alegria.
Durante a madrugada, decolou um KC-130, do 1º/1º GT. O Capitão Marcel Barros, comandante do avião, explicou que foi lançado um paraquedas iluminativo (veja foto abaixo) para um navio mercante que passava próximo ao local do naufrágio e que colaboraria com o resgate dos sobreviventes.


Apoio emergencial da COLOG as tropas brasileiras no Haiti



Brasília (DF) – Em virtude dos danos causados pelo terremoto que atingiu o Haiti, o Comando Logístico (COLOG) foi acionado para, junto ao COTER, realizar estudos visando a prestar o pronto apoio para as tropas brasileiras da MINUSTAH, bem como estudar o aumento de efetivos em mais um Batalhão.
Tendo em vista a urgência, o COLOG coordenou todo o apoio, tanto no que diz respeito ao preparo quanto ao envio de itens essenciais à tropa, tais como alimentação, barracas, munição, fardamentos e viaturas.
O COLOG e suas Diretorias subordinadas atenderam às necessidades impostas pela situação, participando, com o máximo de presteza, de todo o processo de aquisição, recebimento e envio do material necessário, totalizando quase 23.000 itens, equivalente à carga de 08 aeronaves C 130 e 02 navios de transporte.

Paraguai nega que recebera ajuda da colombia para Combater guerrilhas

O governo do Paraguai desmentiu a informação divulgada nos últimos dias de que especialistas colombianos viajariam ao país para auxiliar os militares a combater grupos armados locais. O esclarecimento foi feito por meio de um comunicado emitido pelo Ministério da Defesa. Antes, a imprensa paraguaia havia noticiado que colombianos chegariam ao país para prover instrução teórica e prática sobre como enfrentar guerrilhas.
O Ministério da Defesa, no entanto, enfatizou que “não teve, não tem, nem terá assessores nem especialistas estrangeiros para ditar normas” sobre como lidar com esse tipo de situação.
A nota oficial faz referência à divulgação de informações a respeito de supostas reuniões entre membros do governo e militares paraguaios com o coronel Jorge Humberto Jerez Cuellar, funcionário da diplomacia colombiana em Assunção.
O comunicado, assinado pelo ministro da Defesa, Luis Bareiro Spaini, reitera que as informações difundidas são “inexatas e incorretas”.
Supostamente, os especialistas estrangeiros ajudariam — com sua experiência no combate às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e a outros grupos armados — as autoridades locais a fazer frente ao Exército Popular Paraguaio (EPP), que atua no norte do país.

Cinco paises da OTAN pedem que EUA tirem armas nucleares da Europa

Cinco países da Otan –Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Noruega e Holanda– solicitarão nas próximas semanas a retirada de todas as armas nucleares dos Estados Unidos armazenadas na Europa, informou nesta sexta-feira Dominique Dehaene, do escritório do primeiro-ministro belga Yves Leterme.A iniciativa faz referência às cerca de 240 bombas atômicas da época da Guerra Fria que os Estados Unidos seguem armazenando na Alemanha, Bélgica, Itália e Turquia, confirmou uma fonte próxima ao governo belga.
Apenas os Estados Unidos possuem este tipo de armamento, já que as armas nucleares francesas e britânicas não estão espalhadas “por outros Estados membros”.
“O governo belga e os outros quatro países proporão nas próximas semanas que sejam retiradas as armas nucleares em território europeu pertencentes a outros estados membros da Otan”, insistiu Dominique Dehaene.
“O governo belga quer aproveitar a oportunidade aberta pelo presidente (Barack Obama) a favor de um mundo sem armas nucleares”, afirmou Leterme.
O primeiro-ministro belga afirmou contar com o apoio no mesmo sentido de dois ex-primeiro-ministros belgas, o democrata Jean-Luc Dehaene e o liberal Guy Verhofstadt, assim como por dois ex-ministros das Relações Exteriores, o liberal Louis Michel e o socialista Willy Claes, que também foi secretário-geral da Otan.
“As armas nucleares americanas na Europa perderam toda a sua importância militar”, escreveram em um comunicado os quatro responsáveis para justificar o pedido de retirada.
Segundo especialistas, restam cerca de 20 bombas na base belga de Kleine Brogel, e haveria um número equivalente na Alemanha.
Itália e Turquia abrigariam cerca de 90 bombas cada.
No final de 2009 já havia a tendência de que a retirada das bombas americanas –um pedido já feito pela Alemanha –fosse adotada pela Otan, não de forma unilateral pelos países que a compõem.
Os aliados voltarão a debater o assunto no Grupo de Planos Nucleares da Otan.
A retirada das bombas americanas não significaria o fim do poder nuclear dos EUA, nem o fim da utilização de armas nucleares pela Otan, afirmam especialistas.

Argentina busca ajuda de visinhos para ajudar na questao Malvinas

Em uma entrevista à BBC, o porta-voz oficial da Argentina para a questão das ilhas Malvinas (chamadas de Falklands pelos britânicos) disse que o país vai buscar apoio internacional dos vizinhos para tentar reverter a exploração de petróleo por parte do Reino Unido no arquipélago.“
Estou certo de que não haverá problema para coordenar com nossos países irmãos esta decisão tomada pela Argentina”, disse o deputado Ruperto Godoy, vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
No próximo fim-de-semana, os países do Grupo do Rio, que reúne diversos países da América Latina e do Caribe, se reúnem em Cancún, no México, e o deputado disse não ter “a menor dúvida de que a Argentina encontrará solidariedade de todos os países”.
O país protesta contra a iniciativa britânica de iniciar a exploração de petróleo na região e convocar licitações sem comunicar a Argentina. A primeira plataforma de exploração, que pertence ao setor privado, deve chegar à ilha nos próximos dias.
“Existe especificamente uma decisão da ONU que diz que as partes têm de se abster de tomar decisões unilaterais que modifiquem a atual situação até que não se discuta e se resolva o tema da soberania deste território”, afirmou Godoy.
Como resposta ao que chamou de ação “unilateral” e “agressiva”, a Argentina emitiu nesta semana um decreto exigindo que todos os barcos que transitem entre o continente e as Malvinas peçam autorização prévia às autoridades argentinas.
Isso inclui “qualquer barco com material ou mercadoria que tenha a ver com a logística para avançar no processo de exploração”, disse o vice-presidente da comissão parlamentar.
O governo argentino também disse que levará o tema à Organização das Nações Unidas (ONU), em uma reunião entre o chanceler do país, Jorge Taiana, e o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon.
“O que a Argentina está considerando é uma série de medidas, porque advertimos que pode haver uma violação do direito internacional e das resoluções da ONU”, ressaltou Godoy.
Tensões
As disputas entre a Argentina e o Reino Unido envolvendo as ilhas Malvinas, sob controle britânico desde 1833, já foi objeto de uma guerra em 1982, quando os argentinos foram derrotados após tentarem uma invasão.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que o país está fazendo “todos os preparativos necessários” para proteger sua soberania sobre sua possessão.
Entretanto, ele disse que não planeja o envio de um reforço militar à região e afirmou que espera que prevaleçam “discussões sensatas” com Buenos Aires.
À BBC, o porta-voz argentino Ruperto Godoy disse que seu país quer “sentar para dialogar”.
“Quero deixar claro que nossas ações serão diplomáticas, de reivindicações, de protestos, mas de maneira alguma pensando em uma possibilidade de confronto como Reino Unido”, afirmou.
Ele acrescentou que uma “relação plena” com a Grã-Bretanha só será possível “a partir da definição de uma questão que hoje está em controvérsia e que aparentemente querem encobrir, a disputa de soberania” sobre as Malvinas/Falklands.

Russia endurece com o Irã


Na sexta-feira da semana passada, um dia depois de o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciar que o seu país tem capacidade para enriquecer urânio a 80% (próximo do nível necessário para a produção da bomba), o que, nas suas palavras, faz do Irã um “Estado nuclear”, três governos manifestaram em carta à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sua inquietação com a “escalada” de Teerã. O texto era uma resposta a um pronunciamento anterior de Ahmadinejad, no qual ordenou o início das atividades de enriquecimento no patamar de 20%, alegadamente para fins medicinais. A iniciativa, depois do fracasso das negociações para que o trabalho se realizasse no exterior, foi considerada “totalmente injustificada e contrária às resoluções do Conselho de Segurança (CS) da ONU”.Fossem os signatários os três países ocidentais com assento permanente do CS ? Estados Unidos, Grã-Bretanha e França ? dispostos a impor novas sanções a Teerã, não haveria nada de especial no protesto. Seria mais um lance previsível no acirramento das tensões depois que o Irã deixou de fingir que buscava um acordo na AIEA. A novidade foi a assinatura do governo russo (ao lado dos EUA e da França). Pela primeira vez Moscou se alinhou formalmente com as potências ocidentais na condenação ao programa nuclear iraniano, robustecendo a impressão de que se associará ao cerco diplomático à República Islâmica. “A comunidade internacional precisa ter certeza de que o programa é pacífico”, diz uma porta-voz do presidente Dmitri Medvedev. “Ninguém deve excluir o uso de sanções se o Irã não cumprir as suas obrigações, cooperando de forma mais ampla e ativa” com o exterior. E, passando das palavras aos atos, Moscou suspendeu, “temporariamente”, a entrega de mísseis terra-ar comprados pelo Irã.
Rússia e França seriam os países que receberiam do Irã 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% e os devolveriam com 20%. Depois de idas e vindas, Ahmadinejad se disse favorável à ideia, desde que a troca fosse “simultânea” ? o que tornaria sem sentido o arranjo, concebido para evitar que o Irã acumule estoques de urânio passível de preparo para usos militares. As reiteradas garantias iranianas sobre a natureza pacífica de seu programa nuclear foram sistematicamente desmentidas por suas trapaças diante das inspeções da ONU em suas instalações. No ano passado, o Ocidente denunciou que o Irã construía clandestinamente uma planta nuclear nas montanhas próximas de Qum.
“As evidências não corroboram as alegações iranianas”, resumiu a secretária de Estado Hillary Clinton, ao fim de um giro de três dias pelo Golfo Pérsico, destinado a buscar apoio árabe às sanções pretendidas ? e a persuadir a Arábia Saudita a substituir o Irã como fornecedor de petróleo à China. A dependência chinesa de combustível iraniano é apontada como uma das principais razões por que Pequim tem se negado a concordar com a imposição de sanções adicionais, a pretexto de serem contraproducentes. De fato serão, se não tiverem o apoio unânime das grandes potências. Pelas avaliações diplomáticas, se a proposta passar no Conselho de Segurança com a abstenção da China, o resultado será quase tão negativo como o de um veto chinês. Mas, se a Rússia aceitar o plano, os chineses poderão aderir a ele na undécima hora para não se verem isolados entre os grandes.
De todo modo, a ofensiva diplomática americana se intensifica. A chanceler Hillary Clinton adverte que o Irã caminha para se tornar uma “ditadura militar”, numa alusão aos superpoderes da Guarda Revolucionária, a força repressiva de 150 mil homens que funciona como um Estado dentro do Estado iraniano. Controla, por exemplo, o programa nuclear do país. A Guarda não responde ao presidente, mas ao líder supremo da teocracia, o aiatolá Ali Khamenei. A organização é o principal alvo das novas sanções desejadas pelos EUA. Além da China, outro país também se manifesta seguidamente contra as punições e insiste que as portas não se fecharam de todo a um acordo sobre o reprocessamento de urânio, que poderia ser alcançado graças à sua oferecida mediação. Esse país, naturalmente, é o Brasil. Mas a sua oferta parece ecoar apenas em Teerã ? não para valer, decerto, mas para dar ao Itamaraty a ilusão de ser um interlocutor global.

Petroleo das Malvinas causa agressão verbal entre Argentina e Gra-Bretanha

Londres e Buenos Aires enfrentam um fogo cruzado de comunicados, 28 anos após a Guerra das Malvinas, e, desta vez, a histórica rivalidade pela soberania do arquipélago soma-se a uma importante questão econômica: o petróleo do Atlântico Sul.Paradoxalmente, apesar da nova dimensão econômica, não haverá uma segunda guerra das Malvinas/Falklands, asseguram analistas.
"Não acho que a retórica possa se transformar em outro conflito", assegurou à AFP Michael Codner, diretor de ciências militares do instituto Rusi de Londres.A razão? "Londres, que tinha em 1982 apenas alguns soldados nas Falklands (nome inglês das Malvinas) dispõe, hoje, de uma presença muito maior com uma tropa e uma força em terra, mar e ar", acrescentou.
Além disso, "quando o dinheiro começar a fluir, não só a Grã-Bretanha, mas as Malvinas e a Argentina, todos vão se beneficiar", afirma o jornal Daily Telegraph."Orgulho imperial" (The Guardian). "Águas turbulentas" (The Times), "Diplomacia à moda das Falklands" (Daily Telegraph), escrevem os jornalistas, na chegada da plataforma off-shore "Ocean Guardian" ao local de extração, situado a 160 km ao norte do arquipélago de 3 mil habitantes, que conta com mil soldados britânicos, 500 mil cordeiros e impressionantes colônias de focas e leões marinhos."As perfurações começarão dentro do previsto, se a meteorologia permitir", anunciou nesta sexta-feira a Assembleia Legislativa das Malvinas, em um comunicado publicado no Penguin News, o semanário local."Semelhanças no contexto, com 28 anos de intervalo, estimulam os nacionalismos, mas aqui termina a analogia", afirma um diplomata europeu em Londres.Em 1982, as tropas argentinas invadiram as Malvinas para resolver os problemas de um regime agonizante. A aventura foi fatal para a ditadura militar (1976-1983).
Enquanto isso, a "dama de ferro" Margaret Thatcher reconquistou o arquipélago e garantiu um terceiro mandato, após 74 dias de uma guerra que matou 649 argentinos e 255 britânicos.Neste início de 2010, o governo de Cristina Kirchner sofre com problemas econômicos e políticos ao se aproximar do 200º aniversário do primeiro passo para a independência de seu país, enquanto o primeiro-ministro britânico Gordon Brown deve, segundo todas as pesquisas, deixar Downing Street nas próximas eleições.Entretanto, enquanto o vice-chanceler argentino Victorio Taccetti denuncia a decisão "unilateral e ilegítima" britânica de explorar recursos naturais argentinos, afirma que defenderá sua causa "por meios pacíficos" na ONU."
A luta armada está excluída de nosso horizonte", insistiu Taccetti nesta sexta-feira.E enquanto o ministério das Relações Exteriores britânico afirma o caráter inalienável de sua soberania nas ilhas desde 1833 e reivindica a legitimidade das perfurações, também elogia a excelente cooperação anglo-argentina em muitos aspectos.As perfurações, em 1998, de seis poços, confirmaram a presença de petróleo, mas sua exploração não parecia rentável. Doze anos mais tarde, a multiplicação por sete do preço do barril e os progressos técnicos modificaram completamente a situação.Segundo a Sociedade Geológica Britânica, as reservas nas Malvinas podem alcançar os 60 bilhões de barris, ou o equivalente à jazida do mar do Norte, que contribuiu com o Reino Unido por 25 anos.O arquipélago obtém hoje 60% de sua renda da pesca, mas para os que o veem transformado em um mini Dubai, Juanita Brock, da agência de notícias Falklands Island News Network (FINN) escreve: "Achar que cada habitante das Malvinas será um milionário é totalmente utópico".

Marinha e FAB resgatão 64 sobreviventes do veleiro naufragado


Aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) localizaram as balsas com 64 sobreviventes do veleiro Concórdia, um navio-escola canadense pertencente ao "West Island College Internacional", que estava realizando a travessia de Recife para Montevidéu. A embarcação havia partido da capital pernambucana no dia 8 de fevereiro. De acordo com a Marinha do Brasil, o veleiro enfrentou fortes ventos e naufragou a aproximadamente 500 km da costa do litoral do Rio de Janeiro. A última balsa, com 20 pessoas, foi encontrada nesta manhã (dia 19).

As operações de busca iniciaram-se ontem, dia 18 de fevereiro, por volta das 16 horas. O Centro de Operações Aéreas da Segunda Força Aérea (II FAE) foi informado que o veleiro Concórdia, com bandeira de Barbados, com aproximadamente 56 metros de comprimento, emitia sinal de socorro a aproximadamente 500 km da costa do Rio de Janeiro. Foi acionada então a aeronave P-95A do Esquadrão Cardeal, sediado na Base Aérea de Santa Cruz, para verificar o ocorrido. O avião decolou às 18 horas, chegando ao local do incidente por volta das 19h45, onde iniciou o padrão de busca, localizando então sobreviventes que se encontravam em um bote. Às 2 horas de hoje(19), decolou da Base Aérea do Galeão a aeronave KC-130, do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte, chegando ao local às 3h10. Durante as buscas foram localizadas as três outras balsas com sobreviventes.

Russia instala bases militares na Abkhasia


Um acordo assinado na quarta-feira no Kremlin entre Presidentes Medvedev da Federação Russa e Sergei Bagapsh da República de Abkházia permite o estabelecimento de bases militares russas nesta República que saiu da União com a Geórgia depois do acto de genocídio deste país em Agosto de 2008 contra Abkházia e Ossétia do Sul.A primeira base militar será para 3.000 tropas terrestres (exército), que já estiveram estacionados na zona do Mar Negro, durante 49 anos pelo menos. No próximo futuro, haverá uma base naval e uma base aérea.
Presidente Medvedev declarou que a base não viola as obrigações internacionais da Rússia.
Rússia vai manter presença militar
Entretanto, Konstantin Kosachev, Presidente da Comissão Internacional da DUMA Estatal, declarou numa entrevista com o canal 24 da TV russa na terça-feira que a presença militar russa deverá continuar na Ossétia do Sul e Abkházia até que haja uma mudança radical das políticas da Geórgia relativo a estas Repúblicas.
“A política da Geórgia visa exclusivamente a restauração do seu território, isto é subjugar a Abkházia e Ossétia do Sul outra vez dentro das suas fronteiras. É evidente que os povos das duas Repúblicas não podem concordar com isso depois dos eventos de Agosto de 2008. É claro que numa situação destas a única via para a Geórgia é a via militar”.
Acrescentou que “Enquanto a doutrina oficial da Geórgia ficar sem alteração, as tropas russas vão permanecer nos territórios destes países para proteger as pessoas que lá vivem”.

Subimarino Timbira realiza comissão de adestramento em SC


O Submarino “Timbira” (S32) realizou exercício operativo nas proximidades da cidade de Itajaí (SC), quando permaneceu cerca de três horas e meia em imersão. A tripulação teve a oportunidade de aprimorar seu treinamento em operações de interceptação e ataque a unidades inimigas e seu aprestamento em manobras, empregando altas velocidades.O Submarino “Timbira” recebeu, ainda, autoridades locais para mostrar-lhes a rotina dos submarinistas embarcados. Eles conheceram o navio e suas acomodações, os equipamentos, as manobras, o pessoal e as tradições marinheiras.
CARACTERÍSTICAS:
- Deslocamento (toneladas): 1260-superfície / 1440-submerso
- Dimensões (metros): 61 x 6,2 x 5,5
-Velocidade (nós): 11-superfície / 21,5-submerso
- Raio de Ação (milhas): 8200-a 8 nós na superfície / 400-a 4 nós submerso
- Tripulação: 30 homens
- Armamento: possui 8 tubos de lançamento de torpedo de 533 mm (21 pol) e transporta 16 torpedos ou minas.

Irã prepara carga nuclear para misseis afirma IAEA


Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica avalia que o Irã está desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. Se confirmada, a acusação prova que o programa nuclear iraniano tem fins militares, diferentemente do que vem afirmando Teerã.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) avalia que o Irã está desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. A informação veio à tona ontem, após mais um relatório da agência da ONU para questões nucleares vazar à imprensa. Se confirmada, a acusação prova que o programa nuclear iraniano tem fins militares, diferentemente do que assegura Teerã.
O relatório seria mais pessimista até mesmo que previsões dos serviços de inteligência dos EUA, os quais estimaram em 2007 que o Irã havia suspendido seu programa nuclear para fins militares ainda em 2003. O porta-voz do Departamento de Estado, P. J. Crowley, afirmou que o documento da AIEA reforça os “atuais temores”.
A agência da ONU garante no documento ter reunido “vastas e confiáveis informações” sobre o suposto programa nuclear militar iraniano. “Elas causam preocupação sobre a existência, no passado e no presente, de atividades nucleares sigilosas com objetivo de desenvolver uma carga nuclear para mísseis”, conclui o estudo.
A mudança de tom da AIEA sugere que seu novo diretor-geral, o diplomata japonês Yukiya Amano, estaria disposto a adotar uma posição mais firme com o Irã do que seu antecessor, o egípcio Mohammad ElBaradei. Há cinco anos o organismo investiga acusações de que o programa iraniano tem fins militares.
O último documento será levado à reunião dos 35 integrantes do conselho da AIEA – entre eles, o Brasil – que será realizada entre os dias 1 e 5.