O recém-designado diretor-geral paraguaio da usina binacional de Itaipu, Gustavo Codas, afirmou que, para ele, é desnecessário alterar o tratado assinado em 1973 que regula a participação do Brasil e do Paraguai na energia gerada pelo complexo.“Não considero que seja necessário mudar a letra do que está escrito”, comentou Codas, segundo o jornal La Nación. Ele ressaltou que o acordo assinado no ano passado entre o presidente paraguaio, Fernando Lugo, e seu homólogo Luiz Inácio Lula da Silva já é o suficiente para garantir a soberania energética.
“O contexto, a interpretação e o rumo que se quer tomar, eu creio que a declaração de 25 de julho já mostra isso”, explicou o diretor-geral, ao participar ontem de um seminário dirigido a jornalistas.
A revisão do Tratado de Itaipu foi uma das principais promessas de campanha de Lugo, eleito em 2008. Pelos termos originais do documento, Brasil e Paraguai devem dividir a energia gerada.
No entanto, devido ao Paraguai consumir apenas 5% do montante a que tem direito, o país é obrigado a vender o restante ao Brasil a preço de custo.
Com o acordo assinado em julho do ano passado, o Brasil irá pagar três vezes mais pela parte paraguaia, o que chega a aproximadamente US$ 360 milhões anuais.
As mudanças só entrarão em vigor quando aprovadas pelo Congresso de ambos países, sendo que só falta o parecer do Legislativo brasileiro.
Codas está à frente da direção paraguaia da Itaipu desde janeiro, quando Lugo destituiu o então diretor-geral, Carlos Mateo Balmelli. Antes, ele exercia o cargo de assessor presidencial para temas energéticos.
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