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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Venezuela e EUA buscão formas de melhorar relações


Uma delegação de representantes do Congresso dos Estados Unidos se reuniu ontem em Caracas com deputados venezuelanos para discutir meios de melhorar a relação bilateral.
“Estamos muito satisfeitos com o encontro”, comentou a porta-voz dos norte-americanos, Sarah Stephens, em declarações à agência ABN.Segunda ela, que é diretora-executiva da organização não-governamental (ONG) Center for Democracy in The Americas, durante a reunião “foi abordada a necessidade de se aprofundar a cooperação e melhorar as relações entre Caracas e Washington”.
Stephens explicou que os detalhes do encontro serão levados ao Congresso dos EUA para “desmistificar a política venezuelana, porque nem tudo é branco e preto”.
Por sua parte, o chefe da Comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional (Congresso venezuelano), Roy Daza, confirmou a busca pelo “estabelecimento de pontes”, mas advertiu que, para isso, o governo do norte-americano Barack Obama deve parar seus ataques midiáticos e renunciar ao uso de bases militares colombianas.
“Não vamos ceder nem um milímetro nos pedidos que fizemos e nas agressões que funcionários dos Estados Unidos fizeram contra nosso povo e nosso presidente [Hugo Chávez, ndr.]“, ratificou Daza.
Caracas e Washington mantêm contínuas disputas em temas políticos, sendo que a mais recente envolve o acordo militar firmado entre Colômbia e Estados Unidos.
O tratado, assinado em 30 de outubro do ano passado, permite o envio de um contingente de até 1.400 norte-americanos para operar em sete bases colombianas e é visto pela Venezuela como uma “ameaça” para a paz e para a soberania da América do Sul.
Daza também descartou a possibilidade de que as empresas petroleiras Chevron, dos Estados Unidos, e Citgo, da Venezuela, possam servir como um elemento de aproximação.Para ele, é inadequado que relações comerciais influenciem a política.
Há cerca de dez dias, ao anunciar as empresas que receberão licitação para explorar petróleo na Faixa de Orinoco, entre elas a Chevron, Chávez pediu para os EUA reverem sua política externa.
O presidente do país latino-americano disse esperar que “Obama retifique a tempo sua política”, a qual vem sendo marcada por “atropelos em relação à Venezuela”.

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